quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A vida de olhos fechados

Hoje eu acordei querendo voar, querendo viver. Pular pela janela e conhecer um mundo distante, de Dante. Hoje eu acordei querendo falar inglês, italiano, francês, falar a língua do horizonte, do oriente.
Pela manhã dancei pelas ruas, corri atá a fronteira da cidade, do país. Almocei em um restaurante italiano em plena colônia portuguesa, saboriei uma fruta estranha, mágica. Viajei pela minha imaginação e aterrizei em Paris, New York, menos no Brasil.
Levei o samba para os quatro cantos do mundo, conheci meu príncipe inglês, meu príncipe azul. Vivi um conto de fadas, uma fábula, uma mentira.
Fugi em um cavalo branco, achei um baú de tesouro, naveguei em um barco pirata atá as arábias. Comprei jóias, tapetes e livros, conheci pessoas diferentes, mulheres puras, homens brutos. Vi com os meus próprios olhos- olhos da alma- o sofrimento e o peso que cada mulher usando aquela burca negra carrega consigo.
Voei para o país das maravilhas, tomei chá com um tal de chapeleiro maluco, fiz amizade com um simpático coelho branco e acho que uma senhora rechonchuda com um exército de cartas não gostou muito de mim.
Acho que cai, acho que estou no inferno, algo me sacode, ouço vozes familiares, conheço esse cheiro, conheço este lugar:
- FILHAAAA!! Está na hora de acordar!
Hoje tive o melhor sonho de todos, hoje acordei leve, feliz, vivida.

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